FLORENCE NIGHTINGALE
A preocupação da enfermagem com a questão teórica nasce com Florence Nightingale, que afirmava que a enfermagem requeria conhecimentos distintos da medicina. Ela definiu as premissas em que a profissão deveria se basear estabelecendo um conhecimento de enfermagem direcionado à pessoa às condições nas quais ela vive e em como o ambiente pode atuar, positivamente ou não, sobre a saúde das pessoas. Ela idealizou uma profissão embasada em reflexões e questionamentos, tendo por objetivo edificá-la sob um arcabolço de conhecimentos científicos diferentes do modelo biomédico.
Na década de 60, as teorias de enfermagem procuravam relacionar fatos e estabelecer as bases para uma ciência de enfermagem, constituindo uma nova fase da evolução histórica da profissão. Nos EUA, naquela época, ocorreu a liberação de verbas federais para estudos em doutorado em enfermagem, aumentando desse modo os esforços para desenvolver o conhecimento da profissão.
Wanda Aguiar Horta
Na segunda metade da década de 60, Wanda Aguiar Horta, primeira enfermeira brasileira a falar de teoria no campo profissional, embasou-se na teoria de motivação de Abraham Maslow para elaborar a teoria das necessidades humanas básicas, e propôs às enfermeiras brasileiras uma assistência de enfermagem sistematizada que introduziu no Brasil uma nova visão de enfermagem.
As teorias são compostas de conceitos que visam descrever fenômenos, correlacionar fatores, explicar situações, prever acontecimentos e controlar os resultados obtidos a partir das ações de enfermagem. Elas devem direcionar as ações dos enfermeiros, de modo a responsabilizá-los pelos cuidados a prestar aos clientes, não mais executados de maneira empírica.
Segundo Barbara Stevem Barnum, apud Hickman (2000), as teorias completas têm:
Contexto | Conteúdo | Processo |
Ambiente em que ocorre a assistência de enfermagem | o Assunto da teoria. | Método pelo qual a enfermagem atua |
METAPARADIGMA DA ENFERMAGEM
NÍVEIS DE TEORIAS
NÍVEL I. Isolamento dos fatores: é descritivo por natureza. Envolve a dominação ou classificação dos fatos e/ou eventos. Exemplo: O enfermeiro descreve o aparecimento de uma hiperemia na região sacral do cliente.
NÍVEL II. Relacionamento de fatores: Exige a correlação ou a associação de fatores de tal maneira que eles representem significativamente uma situação maior. Exemplo: O enfermeiro associa a hiperemia aos fatos de o cliente estar acamado, ser obeso e estar fazendo uso de drogas vasoativas, estre outras condições, que sabidamente, o predispõe a úlcera por pressão relacionado ao decúbito prolongado, evidenciado pela hiperemia em regiões de proeminências ósseas.